Reabre o céu depois de uma chuvada
no azul do dia.
É o azul do nada com que se fazem os deuses e a poesia.
Vergílio Ferreira
19/01/2015
surucucu
Fui mordido sem remédio,
quem me mordeu foste tu...
e agora morro de tédio,
veneno surucucu.
Foi numa triste cubata,
mais longe do que a distância,
mais longe do que a saudade
que é tempo morto que mata.
Nunca mais posso esquecer
a tua boca sem fala,
quando um leão, que era rei,
assustava e complicava
os murmúrios da sanzala.
Uma palmeira,
à luz da Lua,
parecia que rezava
naquele mundo profano!...
Fui mordido... - Foste tu! -
nunca mais posso esquecer-te.
- veneno surucucu.
Tomaz Vieira da Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário